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Tricotilomania: saiba mais sobre o hábito de arrancar cabelos



A tricotilomania é um transtorno obsessivo compulsivo crônico, também um tipo de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), caracterizado pelo hábito de arrancar os cabelos. Cerca de 2% da população sofre com a doença, sendo 90% mulheres.


Essa situação pode levar a muito sofrimento emocional e preocupação excessiva com o que os outros vão pensar. As pessoas com esse transtorno têm medo de serem descobertas e geralmente não procuram ajuda até que a situação piore.


Embora isso possa não parecer uma condição debilitante à primeira vista, o hábito crônico de puxar o cabelo pode fazer com que as pessoas se ausentem de suas atividades, parem de interações sociais e não gostem de sua aparência.


O que é tricotilomania?


A tricotilomania é caracterizada pela necessidade constante de puxar ou arrancar os cabelos, o que pode levar à perda de mechas inteiras.


Normalmente, o cabelo no couro cabeludo é arrancado, mas as pessoas com essa condição também arrancam o cabelo das sobrancelhas, barba e/ou pálpebras. Fios de outras partes do corpo, como braços, pernas e peito, também podem ser puxados em casos graves. No entanto, a incidência é muito menor.


O nível de consciência desse comportamento varia de pessoa para pessoa. Algumas pessoas fazem isso automaticamente, enquanto outras puxam os cabelos conscientemente. As motivações das pessoas com esse transtorno são difíceis de explicar. Ela pode se sentir ansiosa ou nervosa nos momentos que antecederam a ação e, depois de puxar os cabelos, suspira de alívio.


Porém, o indivíduo com a doença não entende completamente de onde veio a necessidade de puxar o cabelo. Pessoas com tricotilomania muitas vezes tentam parar essa mania por conta própria, mas raramente conseguem. Algumas pessoas até usam perucas para esconder áreas sem pelos, ou tentam cobrir a área com o cabelo restante.


Sintomas de tricotilomania


Os sintomas deste transtorno podem ser divididos em duas categorias para facilitar o entendimento, as quais você confere abaixo!


Rituais compulsivos


Algumas pessoas seguem um ritual específico antes de puxar o cabelo. Elas escolhem quais fios devem ser desconectados com base nos critérios estabelecidos por elas mesmas, como cabelos brancos, rebeldes, ondulados, finos ou grossos.


Eles podem levar alguns minutos para selecionar o melhor fio de cabelo, depois puxá-lo e usar ferramentas como pinças para ajudar no processo. Outros pacientes involuntariamente puxam os cabelos enquanto assistem TV, lêem, cozinham, dirigem ou fazem trabalhos domésticos. É assim que as áreas calvas "estouram".


Depois que os fios são removidos, eles podem envolvê-los entre os dedos, mordê-los e devorá-los. Portanto, a tricotilomania ocasionalmente leva à formação de Trichomonas, ou seja, a formação de um grande número de pelos ingeridos no estômago.


Felizmente, os casos que requerem ressecção cirúrgica são raros. Além do hábito de puxar o cabelo, as pessoas também podem desenvolver o hábito de roer as unhas, morder os lábios e cutucar a pele.


Sintomas emocionais


Apesar do alívio e prazer de precisar arrancar os cabelos, as pessoas sentem vergonha de suas ações quando há sinais de que têm a condição (áreas no couro cabeludo sem cabelo). Ela teme ser descoberta e ser rotulada como “louca” ou “estranha”.


No fundo, a pessoa sabe que o comportamento é incomum, mas não resiste à vontade de puxar a corda. Então ela começa a usar chapéus, bonés, lenços ou, como último recurso, perucas para esconder áreas sem pelos. Recorrer a cirurgia estética também é uma opção.


Mudanças de humor fazem com que as pessoas com o transtorno fiquem ansiosas, deprimidas ou em pânico à medida que os sintomas pioram. Elas estão constantemente divididas entre o desejo de puxar o cordão, a liberação após a gratificação e o medo das consequências de tais ações.


Portanto, essa condição também pode levar à perda de cabelo, uma condição de saúde emocional que causa queda de cabelo e áreas calvas no couro cabeludo. Lesões e infecções de pele na área afetada são igualmente comuns.


Como é feito o diagnóstico?


Como a tricotilomania apresenta muitos sintomas emocionais, como ansiedade, culpa e vergonha, é recomendável que as pessoas que tenham dúvidas procurem ajuda psicológica imediata.


Contudo, os pacientes geralmente procuram um psiquiatra ou médico apenas quando uma parte significativa do cabelo foi arrancada, deixando-os com áreas calvas. Não existe um teste específico para identificar esta doença. Um psicólogo analisará os sentimentos e crenças do paciente, bem como hábitos e estilo de vida para fazer um diagnóstico.


Os critérios para o diagnóstico segundo o DSM-V são:

  • Remoção recorrente de fios de cabelo;

  • Tentativas repetidas de parar o hábito de puxar fios de cabelo;

  • Sofrimento emocional, como sentimentos de vergonha e medo;

  • Redução do controle da impulsividade;

  • Comprometimento do aproveitamento de atividades diárias;

  • Arrancar fios de cabelo em momentos de estresse.

Como você pode se ajudar?


Em casa, as pessoas com esse distúrbio podem ajudar a parar de puxar os cabelos. A família e os amigos também podem fornecer apoio e ajudar no monitoramento de comportamentos viciantes.


Pequenas mudanças nos hábitos associados à psicoterapia podem ajudar a reduzir a necessidade de puxar o fio. Por exemplo, pratique meditação, participe de atividades recreativas com as mãos (jardinagem, artesanato, pintura), escove o cabelo quando sentir vontade de puxá-lo e qualquer atividade de relaxamento. Estes, por sua vez, são muito importantes para pessoas com ansiedade.


O uso de tiaras, bandanas e lenços também pode ser útil nos primeiros dias de tratamento e durante recaídas emocionais. Esses adereços ajudam a retirar o foco do cabelo. Quem tem madeixas compridas, pode prendê-las em um coque alto para manter o cabelo fora de vista.


Como você percebeu, a tricotilomania é uma doença séria e que exige cuidado. Portanto, compartilhe este conteúdo com os amigos para que mais pessoas possam ter acesso a essas informações!





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